METODOLOGIA

Fonte: Autor (2023).

Banco de Dados de Solos Especiais (BANDASE)

Elaboração

A confecção do banco de dados é oriunda de uma atividade de pesquisa bibliográfica realizada em diversas categorias de documentos acadêmicos, tais como: teses, dissertações, trabalho de conclusão de curso, revistas, periódicos, relatórios técnicos, artigos de congresso, dentre outros. Tal atividade teve a participação da equipe do Grupo de Estudos dos Solos Não Saturados da Universidade Federal de Pernambuco. Definiu-se a estruturação do banco de dados com base na escolha dos atributos relacionados às características de cada solo estudado.

Procedimento utilizado para a construção do BANDASE.

Fonte: Autor (2024).

Criação dos formulários para incrementação de dados ao BANDASE.

Fonte: Autor (2024).

Criação de Formulários

Vislumbrando o desenvolvimento do BANDASE no decorrer dos anos, elaboraram-se formulários integrados ao site eletrônico, permitindo incrementação de dados geotécnicos decorrentes de trabalhos oriundos da literatura no que tange aos solos colapsíveis e expansivos. O Google Formulários foi a ferramenta utilizada para criar e realizar pesquisas online, coletando respostas fornecidas pelos usuários. Tais respostas são armazenadas em planilha (Google Planilhas), que pode ser facilmente compartilhada e analisada.

Métodos Estatísticos

A partir dos dados contidos no BANDASE, aplicaram-se técnicas de estatística descritiva e inferencial. Preliminarmente, é importante conhecer as características do estudo para serem adotadas ferramentas estatísticas adequadas para o caso concreto. Em virtude disso, adotou-se uma sequência metodológica abordando as características deste trabalho. Tais características são: tipo de estudo, tipo de variável, distribuição normal, número de grupos e pareamento de grupos.

Sequência metodológica adotada na verificação das características do BANDASE para uso de técnicas de estatística.

Fonte: Autor (2024).

Sistema de Informação Geográfica de Solos Expansivos e Colapsíveis (SIGSEC)

Fonte: Autor (2024).

Etapas desenvolvidas para elaboração das cartas de suscetibilidade.

Fonte: Autor (2024).

Procedimentos adotados na elaboração dos produtos cartográficos

De modo geral, as diretrizes aplicadas são similares à metodologia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT. Neste trabalho foi adotada a estrutura básica da referida metodologia, assim como foi realizado no trabalho de Amorim (2004).

Procedimentos para obter a carta interpretativa

A figura ao lado expõe o processo de superposição dos documentos cartográficos visando obter a carta interpretativa para os critérios conservador e ponderado.

A partir de informações contidas na tabela de atributos do mapa fundamental pedológico, estabeleceu-se a classificação da suscetibilidade à expansão e ao colapso de cada unidade de mapeamento através de aplicação de dois critérios: conservador e ponderado. 

No que concerne ao critério conservador, esse consiste na atribuição da suscetibilidade para a condição mais desfavorável dentre os três componentes formadores da unidade de mapeamento. Em relação ao critério ponderado, a definição da suscetibilidade para cada unidade de mapeamento é resultante da média ponderada aplicada nas suscetibilidades atribuídas aos seus componentes.

 Representação esquemática da elaboração das cartas de suscetibilidade.

Fonte: Autor (2024).

Níveis de Suscetibilidade

De forma genérica, os níveis de suscetibilidade ficaram definidos da seguinte forma:

Ocorrência evidenciada pela coincidência de propriedades geotécnicas características dos solos expansivos e colapsíveis com as características das unidades de mapeamento de cada condicionante considerado.

Situação intermediária em que algumas características favoreciam e outras não, à ocorrência dos processos.

Possibilidade reduzida de apresentar os fenômenos de expansão e colapso dos solos externada pela pouca ou inexistente identificação das características geotécnicas específicas desses solos com as características advindas de cada condicionante.

Critérios

A partir de informações contidas na tabela de atributos do mapa fundamental pedológico, estabeleceu-se a classificação da suscetibilidade à expansão e ao colapso de cada unidade de mapeamento através de aplicação de dois critérios: conservador e ponderado. 

No que concerne ao critério conservador, esse consiste na atribuição da suscetibilidade para a condição mais desfavorável dentre os três componentes formadores da unidade de mapeamento. A título de exemplo, se apenas um componente apresenta alta suscetibilidade, será atribuído o nível alto para unidade de mapeamento. Se nenhum componente apresenta alta suscetibilidade, mas algum consta média suscetibilidade, será atribuído o nível médio para unidade de mapeamento. Consequentemente, se todos os componentes apresentam baixa suscetibilidade, o nível atribuído para a unidade de mapeamento será baixo.

Em relação ao critério ponderado, a definição da suscetibilidade para cada unidade de mapeamento é resultante da média ponderada aplicada nas suscetibilidades atribuídas aos seus componentes. Para viabilizar essa operação matemática, atribuiu-se para cada nível de suscetibilidade um valor numérico. Sendo assim, aplicou-se para os níveis de suscetibilidade alto, médio e baixo os valores 3, 2 e 1, respectivamente. Devido aos números fracionados oriundos dessa operação (denominados de X), realizou-se a reversão desses resultados por faixa de enquadramento nos níveis de suscetibilidade alta (X ≥ 2,33), média (1,67 ≤ X < 2,33) e baixa (X < 1,67). Essa metodologia foi denominada Método Convencional.

Neste trabalho, também foi aplicada metodologia inversa, ou seja, realizou-se, em relação ao condicionante pedológico, o procedimento no sentido contrário. Tal metodologia foi denominada Método Inverso. 

Representação esquemática do critério conservador.

Fonte: Autor (2024).

Representação esquemática do critério ponderado.

Fonte: Autor (2024).

Redes Neurais Artificiais (RNA)

Fonte: Borges (2024).

Alicerçado no modelo matemático, aplicou-se a equação da RNA nos atributos dos mapas fundamentais de clima, pedologia e geologia do Brasil, visando a elaboração de produtos cartográficos.

A rede é decorrente da tese de Holanda (2022) e visa a identificação de solos colapsíveis e expansivos a partir de condicionantes climatológicos, pedológicos e geológicos. Essa rede foi denominada BR03 e baseada em 3 (três) variáveis de entrada do tipo categóricas referentes aos atributos de clima, pedologia e geologia. A amostra utilizada no desenvolvimento da rede consistiu em 237 dados para fase de treinamento, 78 para fase de seleção e 78 para fase de teste, totalizando 393 dados. 

Resultados da rede BR03 elaborada por Holanda (2022).

Fonte: Autor (2024).

Painéis de Business Intelligence de Solos Expansivos e Colapsíveis (PABISEC)

Fonte: Autor (2024).

Ferramentas

Na elaboração dos painéis de Business Intelligence foi utilizado o pacote da Google. Os dados, que dão suporte ao sistema de BI, estão estruturados no Google Planilhas e armazenados no Google Drive. Os painéis de BI foram elaborados através do Google Looker Studio.

Visão geral das ferramentas utilizadas e sua integração.

Fonte: Autor (2024).

Procedimentos utilizados na elaboração dos painéis de BI.

Fonte: Autor (2024).

Procedimentos

No tocante ao detalhamento dos procedimentos, dividiu-se o processo de construção dos painéis de BI em 5 (cinco) passos, expondo desde a origem de dados até a exibição dos resultados.

Aplicativo de Solos Expansivos e Colapsíveis (APPSEC)

Fonte: Autor (2024).

Procedimentos utilizados na elaboração dos aplicativos APPSEC.

Fonte: Autor (2024).

Desenvolvimento de aplicativos

Buscando disponibilizar os documentos cartográficos na plataforma web, foram desenvolvidos 3 (três) aplicativos. O desenvolvimento dos aplicativos ocorreu na plataforma Google Earth Engine (GEE), utilizando a linguagem de programação JavaScript (JS) e linguagem de design gráfico Cascading Style Sheets (CSS). A base de dados espaciais dos aplicativos é composta por 11 (onze) dados vetoriais e 3 (três) dados matriciais (raster), totalizando 14 arquivos referentes aos documentos cartográficos: mapas fundamentais, cartas derivadas, cartas interpretativas e locais de ocorrência.