Os fenômenos de colapso e expansão são responsáveis por patologias em diferentes obras de engenharia, resultando em prejuízos financeiros, atrasos de cronograma, insatisfação dos habitantes, e, em último caso, acidentes graves devido ao comprometimento estrutural. A análise do comportamento dos solos colapsíveis e expansivos visa estabelecer medidas orientativas quanto ao uso e ocupação do solo, bem como medidas preventivas no tocante às etapas de planejamento de um empreendimento. Os avanços tecnológicos têm contribuído para o surgimento de ferramentas que proporcionam facilidade no estabelecimento das referidas medidas, tais como: Sistema de Informações Geográficas (SIG), Business Intelligence (BI) e Computação em Nuvem (CN). Baseado nessas tecnologias, este trabalho tem como objetivos confeccionar banco de dados, elaborar cartas de suscetibilidade, criar painéis de BI e desenvolver aplicativos para os solos supracitados, abrangendo todo o território do Brasil. As ferramentas do Google, especialmente o Google Planilhas, foram aplicadas na construção do Banco de Dados de Solos Especiais (BANDASE). O programa de SIG utilizado para elaboração das cartas de suscetibilidade foi o QGIS. A criação dos painéis de BI ocorreu mediante o uso do Google Looker Studio, enquanto o desenvolvimento dos aplicativos se deu através do Google Earth Engine. O repositório de dados geotécnicos resultou em 267 registros de solos colapsíveis e 259 registros de solos expansivos. Baseado nos condicionantes climatológico, pedológico e geológicos, a aplicação de Redes Neurais Artificiais (RNA) resultou em cartas interpretativas. No que se refere aos solos colapsíveis, os resultados apontaram a suscetibilidade alta em 27,8%, média em 3,4% e baixa em 16,8% do território nacional. A ausência de comportamento colapsível equivale a 49,4%. Em relação aos solos expansivos, constatou-se a suscetibilidade alta em 35,9%, média em 9,8% e baixa em 3,7%. A ausência de comportamento expansivo representa 48,0%. Em ambos os solos, os corpos de água e as áreas urbanas correspondem ao percentual de 2,6%. A aplicação da tecnologia de BI possibilitou transformar o grande volume de dados em informações relevantes pertinentes à climatologia, à pedologia, às suscetibilidades e aos dados geotécnicos. Os aplicativos web proporcionaram agilidade, praticidade e utilidade devido à rapidez de processamento, à interface amigável e à opção de ferramenta consultiva na etapa preliminar dos projetos de engenharia. Isso resultou em facilidade quanto ao acesso às informações de suscetibilidade ao colapso e à expansão para diversas localidades do território brasileiro.